Lesões atrapalham sequência do Palmeiras; trabalho é questionado.


A pressão que tanto agitou o Palmeiras neste início de temporada não teve apenas o trabalho do técnico Marcelo Oliveira como foco. Nos bastidores do clube e da Academia de Futebol, o departamento médico e de preparação e recuperação de atletas também foi alvo de questionamentos, principalmente pelo número de jogadores lesionados nestes primeiros meses de trabalho em 2016.

Durante a semana passada, por exemplo, o Verdão chegou a trabalhar no CT com um time inteiro de ausências. Com exceção a Zé Roberto, que manteve cronograma de trabalho e foi apenas poupado, os restantes apresentaram problemas médicos.

Em 2016, Marcelo Oliveira ainda não conseguiu repetir por mais de um jogo a escalação. E os desfalques por lesão, mesmo com todo cronograma especial e investimento do clube na parte de recuperação física dos atletas, foram apontados como um dos fatores determinantes para a irregularidade apresentada pela equipe no início da temporada. 
Contratado para ser titular da defesa, Edu Dracena ainda não atuou no Paulistão e na Libertadores por causa de uma lesão muscular na panturrilha. Quando ele esteve em campo, nos amistosos de pré-temporada disputados no Uruguai, em janeiro, a baixa foi Vitor Hugo, com um edema muscular.

Contratado em 2015 a peso de ouro, Lucas Barrios começou a temporada com status de principal reforço do Verdão para a Libertadores. O problema é que o atleta voltou a sentir um problema muscular logo na estreia, na partida contra o River Plate, do Uruguai, e agora trabalha na Academia de Futebol para recuperar a forma. Ele não jogou a pré-temporada no Uruguai por conta de uma inflamação lombar. O volante Rodrigo também ficou fora da viagem, por conta de um problema no tornozelo direito. 

O número de atletas machucados causou preocupação entre dirigentes e conselheiros, que voltaram a questionar o trabalho nos bastidores do clube. Como de costume, o departamento médico do Verdão não se pronuncia sobre lesões e trabalha em silêncio, tanto que, na semana passada, Fellype Gabriel foi submetido a uma artroscopia no joelho em procedimento não informado pelo clube.

Publicamente, quem tomou a frente da situação e elogiou o trabalho da comissão foi Marcelo Oliveira, logo após a goleada sobre o XV de Piracicaba, na última quinta-feira.

– É muito bom (o relacionamento), não só com o departamento médico, mas em todos setores do clube. Nos reunimos sempre, conversamos sobre todos aspectos. Acontece que no Palmeiras as coisas são mais exaltadas. Se pegar as informações de outros clubes, todo mundo machuca. Os jogos estão muito intensos e físicos – afirmou o treinador.
Assim como afirmou Marcelo Oliveira, o problema também incomoda os rivais neste início de temporada, mas em menor intensidade. 

O Corinthians teve quatro baixas por problemas médicos (Cristian, Cássio, Elias e Marlone), mesmo número do Santos (Elano, Daniel Guedes, Paulo Ricardo e David Braz). Já o São Paulo perdeu três jogadores por lesão (Daniel, Breno e João Paulo).

Para o duelo deste domingo, contra a Ferroviária, o Palmeiras não terá Edu Dracena (em transição após sofrer lesão muscular na panturrilha), Lucas Barrios (lesão muscular), Gabriel (trabalha para ganhar força após se recuperar de lesão no joelho), Moisés (cirurgia no pé esquerdo), João Pedro (lesão no tornozelo) e Leandro Almeida (tendinite no adutor da coxa direita).

A lista de baixas cresce considerando os atletas não inscritos no Paulistão: Cleiton Xavier (lesão muscular na panturrilha), Jailson (cirurgia no pé direito), Fellype Gabriel (artroscopia no joelho) e Luan (o atacante lesionou o tendão de Aquiles em 2014 e, segundo Marcelo Oliveira, passou por uma nova intervenção cirúrgica há pouco tempo).
Fonte: Globoesporte.com

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