Após confusão no Allianz Parque, CBF libera patrocínio em arenas fora da TV.


A CBF alterou o regulamento geral de competições para 2016 e permitiu a publicidade em estádios desde que fora da zona de imagem da televisão. Essa modificação ocorre após confusão entre a entidade e o Palmeiras em jogo no Allianz Parque em 2015. Apesar da flexibilização, a confederação mantém controle sobre o patrocínios nos estádios atendendo demanda da Globo.

Em maio, no primeiro jogo do Brasileiro, uma empresa contratada pela CBF cobriu com faixas brancas a marca “Allianz Parque''. Torcedores se irritaram com a entidade. Depois, a confederação atribuiu a atitude a um erro da empresa e liberou as faixas. Em outros estádios, a publicidade é tolerada, mas necessitava sempre de autorização expressa da confederação. E a Globo podia pedir veto.

No regulamento da CBF, esse tópico é tratado no artigo 4o, inciso II do regulamento. Foi mantido o texto que dá à entidade o direito de autorizar “qualquer espécie de exploração comercial de publicidade nos estádios ou de direitos comerciais, exceto se decorrentes de contratos que tenham sido ou venham a ser firmados por clubes''. Mas acrescentou-se outra exceção: publicidade “fora do alcance da imagem das transmissões televisivas''.

A CBF explicou que, basicamente, estão liberadas publicidades desde que não estejam na linha de transmissão da tv. Cada estádio terá uma determinação diferente porque a Globo tem um posicionamento de câmeras diverso em cada lugar. Então, os lugares permitidos serão combinados com a emissora. A necessidade de pedir anuência da confederação existe, mas não é obrigatória.

Responsáveis pelo Allianz Parque entenderam como positivas as modificações no regulamento: dizem que pode melhorar a relação do estádio com a TV que costuma ter grandes embates. No estádio, será liberada a parte das arquibancadas oposta a que é exibida pela Globo. Patrocinadores do estádio terão prioridade para ocupar esses espaços.

Outros gestores de arenas relatam obstáculos com a regulação da CBF e com a Globo. A emissora se irrita com marcas que aparecem pouco acima da linha de placas e são exibidas nas transmissões em estádios como Maracanã e Arena Grêmio. Por isso, a Globo sempre pressiona a confederação a regular esses patrocínios para não prejudicar seus próprios parceiros.

Em seus regulamentos, a CBF costuma privilegiar os direitos de quem tem os direitos de transmissão (Globo) ou faz contrato com ela mesma como no caso da Copa do Brasil. Ao explicar a mudança no regulamento, a entidade informou que sempre faz ajustes após pedidos ou análise do que ocorreu na temporada. Haverá ainda um regulamento de marketing da confederação.

Fonte: Blog Rodrigo Mattos

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