Palmeiras faz trabalho minucioso antilesão, mas inicia 2016 sofrendo.


A lesão na panturrilha direita de Edu Dracena, sofrida no treino de terça-feira, deixará o zagueiro fora de combate por até três semanas. Ele é mais um integrante da já longa lista de problemas físicos do Palmeiras em 2016.

Vitor Hugo, parceiro de Dracena na zaga titular, não trabalha com os companheiros há uma semana devido a um edema muscular (acúmulo de líquido que pode anteceder uma lesão). Se ele não estiver pronto para a estreia no Paulistão, às 19h30 de domingo, contra o Botafogo, em Ribeirão, a dupla defensiva terá Leandro Almeida e Roger Carvalho.

O volante Rodrigo (tornozelo direito) e o meia Cleiton Xavier (panturrilha direita) também se machucaram durante um treino e fazem companhia no departamento médico ao goleiro Jailson (tendão do pé direito), ao volante Gabriel (joelho esquerdo) e ao atacante Luan (tendão do pé esquerdo), que já começaram o ano em recuperação de cirurgias. O meia Fellype Gabriel e o atacante Barrios também passaram por períodos fora de ação para aprimorar a forma física, mas estão treinando no gramado de novo.

Os problemas vão na contramão do investimento feito pelo Palmeiras desde 2015 para otimizar preparação física, fisiologia, fisioterapia, nutrição e todos os demais setores que dizem respeito à condição dos atletas.

Há um trabalho minucioso para prevenir e recuperar lesões. O segundo item já é considerado um sucesso no clube, que diz estar colocando atletas de volta à ativa com até metade do tempo previsto. Alan Patrick, Arouca, Cleiton Xavier e Mouche são exemplos de volta rápida.

Já a prevenção teve sua eficácia minimizada no ano passado, segundo os profissionais do Verdão, porque a chegada de atletas de diversas partes do mundo e com diferentes níveis de preparação dificultou o mapeamento do elenco para trabalhos individualizados. A expectativa era já iniciar 2016 com sucesso maior.

Cleiton Xavier, por exemplo, contratou um preparador físico para seguir os exercícios recomendados pelo Palmeiras nos últimos dias de férias e foi submetido a diversos testes para verificar a causa de tantas lesões em 2015: ele fez avaliação biomecânica (inclui teste de postura e pisada), dosagem hormonal, baropodometria (exame que avalia as plantas dos pés) e até uma biópsia, além de ter os trabalhos de pré-temporada dosados de acordo com o desgaste gerado por cada treino. Não adiantou e o meia voltou a se machucar.


Qual é o problema então?

Como o Verdão tenta evitar as lesões?

GPS
Desgaste dos atletas é seguido em tempo real por meio de um chip acoplado no uniforme durante os treinos. Em caso de sobrecarga, a ideia é sacar o jogador ou mudar o tipo de exercício. Dois sofreram lesão muscular em treinos no ano.

Escala de Borg
É uma avaliação feita pelo próprio atleta: após o treino, eles relatam o nível de cansaço e opinam se a carga foi leve, moderada ou forte. Jogador exausto é sinal de alerta.

Termografia
Clube possui um aparelho capaz de mapear o corpo do atleta e identificar o risco de lesão de acordo com o calor de cada músculo. Também é feito exame da enzima CK: quanto maior o índice, maior o desgaste e o risco.

Recovery
Após os jogos, jogadores do Palmeiras ficam dois dias sem trabalhar com bola. Eletroestimuladores e botas pneumáticas estão entre os materiais usados no trabalho.
Fonte: Lancenet!

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