Impasse com a Conmebol pode tirar Palmeiras da arena na Libertadores.


Um impasse pode fazer com que o Palmeiras tenha de jogar as partidas como mandante na Taça Libertadores da América fora de seu estádio. O clube foi avisado pela Conmebol de que não pode exibir marca de patrocinadores externos – que não sejam os da confederação, estampados nas placas em volta do gramado – durante os jogos. A informação foi publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo" e confirmada pelo GloboEsporte.com. 

A diretoria do Verdão se atentou ao problema após receber um manual com orientações relativas a patrocínio, distribuído na última semana aos clubes que participarão da Libertadores. O clube entrou em contato com a WTorre, responsável pela administração do estádio, e foi avisado de que placas espalhadas pela arquibancada com a marca da Allianz, seguradora que é detentora dos naming rights, não serão cobertas ou retiradas para os jogos.  
Como não tem o poder de alterar a estrutura do local para se adaptar às regras propostas pela entidade, já que a gestão do estádio pertence à WTorre, o Palmeiras se vê de mãos atadas. 
A empresa divulgou à imprensa, na tarde desta sexta-feira, um comunicado criticando a postura da Conmebol. Na publicação, a administradora do estádio palmeirense argumenta que "em mercados maduros como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha entre outros, a independência dos times de futebol está diretamente ligada à capacidade dos clubes de gerarem receita e se auto sustentarem" e não recua em relação ao assunto.
– Ao recomendar que a Sociedade Esportiva Palmeiras retire de seu estádio, o Allianz Parque, toda e qualquer forma de exposição de marcas que firam os direitos de seus patrocinadores, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) coloca seus próprios interesses acima dos interesses do protagonista do espetáculo. Os interesses comerciais e financeiros da Sociedade Esportiva Palmeiras e de todos os outros clubes têm de estar acima de quaisquer outros – diz a publicação, que ainda ressalta a arena como "referência que deve ser tratada como tal dentro e fora do país"
O clube entrará em contato com a Conmebol para explicar a situação. O primeiro jogo do Verdão em casa na primeira fase está marcado para a segunda rodada – dia 2 de março, às 21h45 (de Brasília), contra o Rosario Central, da Argentina.  
Caso a postura da confederação se mantenha inalterada, o Palmeiras buscará outro estádio para atuar. A primeira opção é o Pacaembu, onde o Verdão tem mandado suas partidas quando não pode contar com a arena por conta da realização de eventos organizados pela administradora. No último dia 4, a equipe empatou por 2 a 2 com o São Bento no campo municipal, onde atuou devido à reforma do gramado de sua casa.  
O clube não pretende insistir em atuar na arena correndo o risco de sofrer sanções jurídicas futuras, embora entenda que a força da torcida no estádio seja um dos principais trunfos da equipe para a competição continental – tratada, desde a conquista da Copa do Brasil, no ano passado, como prioridade em todos os âmbitos do Palmeiras.  
Na última quinta-feira, a WTorre promoveu uma entrevista coletiva para explicar as mudanças no gramado da arena, que estreará neste sábado, às 17h (horário de Brasília), contra o Linense, pela quarta rodada do Campeonato Paulista. Será o primeiro jogo do Palmeiras no estádio nesta temporada. 
Fonte: GE

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