Fernando Prass merece a seleção? Taffarel, Leão e Valdir Peres respondem.


Fernando Prass entrou para a história do Palmeiras no dia 2 de dezembro do ano passado ao cobrar o último e decisivo pênalti na decisão contra o Santos na Copa do Brasil. Desde então, acentuou-se o clamor da torcida pela convocação do camisa 1 palmeirense à seleção brasileira.

A presença de Prass no time de Dunga é, inclusive, apoiada por dois ex-goleiros da seleção. Para Leão e Valdir Peres, o arqueiro do Palmeiras ajudaria a equipe brasileira dentro e fora de campo, pela experiência e pelo momento que o goleiro de 37 anos vive no Palmeiras. Já Taffarel, que faz parte da comissão técnica de Dunga, descarta a convocação justamente por causa da idade.

"Eu tenho visto que ele está defendendo muito, mas não estou observando, não. Particularmente, não. Tem outros nomes na frente dele, com menos idade que possam ter um grande futuro a longo prazo na seleção brasileira. Essa é a linha que o Dunga está seguindo", explicou o ex-atleta em entrevista ao UOL Esporte.

Em contrapartida, Leão vê a idade como um trunfo de Prass. E cita a própria história na seleção. Em 1986, o ex-goleiro foi convocado por Telê Santana e fez parte do grupo da seleção brasileira na Copa do Mundo do México, já no fim da carreira.
"Estive na seleção brasileira a última vez com quase 38 anos. Eu tinha de mostrar a minha realidade e me sentia perfeitamente bem e à vontade para jogar. A capacidade dele vem crescendo nestes últimos anos. Isso que é melhor, isso é que tem que ser observado", disse Leão, que também esteve nas Copas de 1970, 1974 e 1978.

Valdir Peres, por sua vez, principal goleiro do Brasil no Mundial de 1982, ressaltou o fato de o goleiro do Palmeiras viver um dos melhores momentos da carreira. A idade do goleiro também é vista como algo positivo. 

"Ele atravessa uma fase excepcional agora no Palmeiras. Ele merece uma oportunidade. O goleiro, quanto mais velho e mais experiente, é melhor. Ele merece também uma oportunidade na seleção brasileira pelo que está jogando pelo Palmeiras. O goleiro, quanto mais vivido dentro do gol, é mais tranquilo, mais experiente, mais confiante", disse o ex-goleiro.

Comparação com Ricardo Oliveira e Rogério Ceni

Valdir ainda compara a situação à de Ricardo Oliveira, chamado por Dunga nas últimas convocações. "Ele deu oportunidade ao Ricardo Oliveira, não é? Esta questão já mata aí, o Ricardo vai ter 38 anos daqui a dois anos. E daí? Vai ter de correr, o goleiro tem menos desgaste do que um atacante", explicou.

Para Taffarel, Prass vive algo parecido com o caso de Rogério Ceni, que se aposentou no fim do ano passado, prestes a completar 43 anos. O ex-goleiro ressalta o fato de eles sempre estarem bem em seus clubes, mas volta a apontar a idade como vilã.

"Fernando Prass é um bom goleiro sempre foi regular e que atravessa uma boa fase tem ajudado bastante o Palmeiras desde a chegada dele, mas para a seleção brasileira acho difícil. É igual ao Rogério Ceni, que de repente vivia a expectativa de ser chamado, de ter uma sequência na seleção e acabou não tendo. Mas teve no São Paulo", frisou.

De acordo com Taffarel, alguns goleiros estão sendo monitorados pela comissão técnica, além dos três convocados para os jogos contra Uruguai e Paraguai: Alisson, do Inter, Marcelo Grohe, do Grêmio, e Diego Alves, do Valencia.

"A gente sempre está observando o Neto que agora está na Juventus, tem jogado pouco, mas quando joga, joga bem. Além do próprio Rafael Cabral, que é um cara que tem uma idade boa, tem um bom potencial. O Dunga apostou bastante no Alisson pelo potencial dele, um cara jovem. Ele vai fazer uma história na seleção. Ele é novo, tem potencial e pode crescer mais ainda", finalizou.
Fonte: UOL Esportes

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