Palmeiras tem déjà vu em reencontro com Rosario após dez anos.


Tropeços, um time sem criatividade e a torcida insatisfeita com o desempenho. Pode-se retratar o Palmeiras atual desta forma. Pressionado e diante de um decisivo duelo na quinta-feira contra o Rosario Central-ARG, no Allianz Parque, o clube alviverde vive um dejà vu. Há dez anos, a situação era semelhante à encontrada em março de 2016.

Se o futuro de Marcelo Oliveira virou um mistério depois da derrota por 2 a 1 para a Ferroviária, no último domingo, Emerson Leão sofria com a pressão oriunda das arquibancadas há dez anos.

O empate por 0 a 0 com o Rosario Central-ARG, no Palestra Itália, em 15 de março de 2006, resultou em um grau de instabilidade alto nos bastidores do clube. O jornal Folha de S.Paulo relatou assim o tropeço, cenário de protestos e uma equipe longe do desempenho ideal.

"O script de ontem foi semelhante ao visto em quase todos os outros confrontos de 2006. Um time sem criatividade, com dois meias (Correa e Marcinho) que pouco articulam e dois atacantes isolados. (...) Resultado: vaias da torcida e jogadores nervosos em campo", escreveu a publicação.

As vaias, dez anos depois, ocorreram no último domingo, a quatro dias do duelo contra o Rosario Central-ARG. Fora os resultados insatisfatórios - o Palmeiras ainda não venceu em casa neste ano (dois empates e duas derrotas) -, o público critica a forma de jogo da equipe de Marcelo Oliveira.

Assim como há uma década, o meio-campo demonstra pouca criatividade. Contra a Ferroviária, por exemplo, a equipe abusou dos longos lançamentos - 56, segundo dados do Footstats. O recorde na temporada é de 58, no empate por 2 a 2 com o River Plate-ARG, pela estreia da Libertadores.

A pressão e o futebol pouco vistoso relacionam o Palmeiras de 2006 com o de 2016. A grande diferença recai sobre Marcelo Oliveira, pressionadíssimo no cargo de treinador. Um tropeço contra os argentinos poderá resultar no fim da passagem do comandante que levou o clube ao título da Copa do Brasil de 2015.

Além do frustrante empate sem gols no Palestra Itália, que resultou em vaias e mais vaias do público, o Palmeiras também enfrentou o Rosario na Argentina em 2006. Fora de casa, empate por 2 a 2, com gols do centroavante Washington.
Fonte: ESPN

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