Após cumprir promessas, Nobre inicia último ano de mandato aliviado.


Paulo Nobre começa 2016, enfim, podendo respirar um pouco mais aliviado como presidente do Palmeiras. Será o último ano de mandato do dirigente, que não poderá se reeleger novamente nas últimas semanas de 2016, e a temporada se inicia com mais prestígio porque ele foi capaz de cumprir as promessas feitas ao elenco após quase ser rebaixado no Brasileiro de 2014. Os próprios jogadores saúdam o “patrão”.

Minutos após a conquista da Copa do Brasil, o presidente do Palmeiras ficou ao lado da taça no centro de uma roda formada pelos jogadores nos vestiários do Palestra Itália e logo ouviu todos os funcionários gritarem “Ah, é Paulo Nobre”. Foi a confirmação de missão cumprida.

“Quem chegou em 2015 não sabe o que foi 2014. Foi muito difícil. E eu fiz uma promessa para os jogadores que estavam aqui no vestiário, quando estavam todos chorando, e eu também. Prometi o seguinte: em 2015, podem escrever e me cobrar, será completamente diferente”, relatou o próprio Nobre aos atletas e membros da comissão técnica.

O presidente sempre repete que não deseja o seu sofrimento em novembro de 2014 “nem ao pior inimigo”. O time não conseguia vencer, manteve-se fora da zona de rebaixamento do Brasileiro mais por conta dos tropeços de seus concorrentes e o anúncio da reeleição de Nobre naquele mês chegou a causar choro de tristeza em associados presentes no clube.

Mas Nobre prometeu mudanças, e cumpriu. Mais do que pagar os salários em dia, como sempre fez ao longo de seus mandatos, usaria o orçamento maior para reforçar o elenco, promovendo uma reformulação também na comissão técnica e até na diretoria – José Carlos Brunoro e Omar Feitosa foram trocados pelo diretor de futebol Alexandre Mattos e pelo gerente Cícero Souza. Com a conquista da Copa do Brasil, os jogadores se solidarizaram à alegria do presidente.

“Ele é torcedor, mas está presidente. É momentâneo. Fico imaginando uma pessoa que torce por um clube, que é apaixonado, poder chegar ao posto de presidente e conquistar um título dessa importância. Deve ser uma emoção duas vezes maior que a de um torcedor comum, por mais apaixonado que seja”, comentou Fernando Prass.

“Ainda tem o agravante do que passamos aqui no ano passado. Do desespero para a glória e euforia neste ano. Tudo potencializa. Ele deve, pelo menos em termos de administração, se sentir muito realizado. Conseguiu o primeiro objetivo, que era estabilizar, estancar esse sangramento. Agora começou a colher os frutos desportivamente”, prosseguiu o goleiro, herói do título nacional de 2015.

Diferentemente de 2013, quando encontrou um clube “em situação quase falimentar”, em suas palavras, e disputava a Libertadores em meio à missão de sair da Série B do Brasileiro. Em 2014, o time quase caiu. Mas 2015 reservou a conquista da Copa do Brasil, com vaga na Libertadores e a esperança de mais títulos no último ano de seu segundo mandato consecutivo.


A Copa do Brasil, ao menos, foi inesquecível. “Quero agradecer muito, muito, muito essa alegria que vocês ajudaram a dar para 20 milhões de pessoas com esse título. Quem não está acostumado com o Palmeiras e não sabe o que é o Palmeiras vai entender agora o que é ser campeão no Palmeiras”, disse Nobre aos jogadores logo depois da conquista.

Fonte: Gazeta Esportiva

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