Após sofrer maior pressão da vida, Prass pega pênalti e vibra com torcida.


Cristaldo e Allione marcaram os gols da vitória por 2 a 0 sobre o Rosario Central, mas é inegável que o herói do Palmeiras nessa quinta-feira foi Fernando Prass. O goleiro sofreu o que considerou ser a maior pressão de sua vida no segundo tempo, defendeu pênalti quando o time ainda vencia por 1 a 0 e, nos acréscimos, abraçou torcedores no Palestra Itália.

Assim que Allione balançou as redes, na única jogada de ataque efetiva do time no segundo tempo, Prass pulou as placas de publicidade e se agarrou às escadas que dão acesso à torcida. Abraçou os palmeirenses, misturando alívio e agradecimento pelo apoio dos mais de 36 mil pagantes no jogo da Copa Libertadores da América.

“No contra-ataque, só joguei junto: ‘faz, faz, faz, mata, mata’. O Allione cortou, o cara bateu nele, e ele fez o gol. Aí vi que acabou o jogo, o sofrimento, e fui lá porque a torcida foi sensacional. O segundo tempo muito complicado e eles apoiaram, gritaram, cantaram. Foi, com certeza, o diferencial”, definiu.

A celebração foi consequência de uma pressão adversária que o goleiro de 37 anos nunca tinha sofrido. “Olha, difícil, viu. Não sei se a memória vai me trair, mas acho que nunca tinha passado por tanta pressão”, admitiu. “Mérito nosso por saber sofrer. Até mentalmente falando, é uma carga de adrenalina grande. Tivemos bolas para prender e não conseguimos.”

Quem realmente prendeu a bola vestiu a camisa 1 alviverde nessa quinta-feira. Fernando Prass operou milagres, tanto que foi eleito o destaque da partida. Não à toa, ouviu a torcida cantar desde antes do jogo que ele é “o melhor goleiro do Brasil”. Ele confirmou a idolatria, principalmente, defendendo o pênalti batido por Marco Ruben na metade do segundo tempo.

“O goleiro não faz gol, a maioria. Esse é o momento para ajudar o time. No pênalti, fica mais evidente, é como se fosse o gol do goleiro. Se não defendo, quem vai defender? Tenho de fazer minha parte. Fico feliz porque foi uma defesa importantíssima”, sorriu o herói, ciente da importância da defesa.

“No pênalti, a chance de sair gol é de 80%, 90%. Eu tinha algumas indicações de pênaltis deles. Tive um leve pressentimento que eu ia apontar para o canto e ele ia bater no meio. Mas não podia arriscar de ficar no meio. Consegui ter a frieza para segurar até o último minuto e chegar à bola”, comemorou, venerado pelos companheiros também.

“Não é à toa que o Prass está virando ídolo. Um grande time sempre começa por um grande goleiro, que é o Prass e vem nos salvando, como o Dudu, o Robinho, o Cristaldo, o Alecsandro. Cada um tem sua parcela, todos têm de ser exaltados. Mas não é à toa que o Prass é um dos melhores do Brasil”, agradeceu Gabriel Jesus.
Fonte: Gazeta Esportiva

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